terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A dialética da vida

Já dizia Lulu Santos que a vida vem em ondas como um mar, isso é uma realidade. Na vida ora estamos por cima, ora por baixo. Ora estamos felizes, ora tristes, ora temos sucessos, ora derrotas. Nem tudo é um mar de rosas, é por isso que só os mais preparados evoluem. Aqueles que não conseguem se adaptar, acabam por sucumbir às tristezas, por culpar o outro, por dizer que Deus não existe...Mas afinal, como podemos suportar tais eventos dialéticos? Vamos, pois seguir o pensamento de Marx, que afirma que o mundo opera com opostos, contradições, e que é abdicando do retrógrado, que alcançaremos o progresso de uma vida plena. Lembre-se, que aquilo que considera bom, talvez não seja o plano de Deus para você, e que talvez abdicar de um momento prazeroso hoje, signifique lucro no futuro.

domingo, 5 de julho de 2009

(pseudo) unificação ortográfica

Na matemática um único traço transversal sobre o sinal de igualdade resume o sinal de diferença, porém na língua portuguesa, não só um sinal ortográfico torna as palavras distintas. As variações semânticas e culturais são maiores do que as sintáticas e fonéticas. Surge, pois, a pergunta: ACORDO ORTOGRÁFICO, PARA QUÊ?
A nova ortografia adotada pela pátria do verde-amarelo abrange tais mudanças: abolição do trema, guilhotina aos acentos das palavras como vôo, lêem, heróico... Fogueira ao hífen e incorporação das letras k, w e y.
Os mais leigos perguntam-se: qual o objetivo de tal reforma? E os especialistas rebatem com o argumento de transformar a língua portuguesa em uma “ciência exata”, de tal forma que lingüiça (sem o trema), tenha a mesma escrita em Portugal, Angola, Guiné, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. O problema está no fato que a unificação lingüística não garante unificações diplomáticas.
Mas é óbvio que nem tudo é tão fácil. Portugal é um dos que enfrenta o acordo. Ou porque é conservadorista político ou porque as pressões por parte das grandes editoras é intensa, já que não tem interesse em modificar seus arquivos (seria um grande trabalho!).
As unificações sintáticas auxiliariam no intercâmbio de material didático e científico, além de evitar os gastos com publicações de várias versões de uma mesma obra. Talvez o maior problema resida no fato da reimpressão de livros que já se encontrariam em estoque. Tal “dinheiro extra” poderia ser utilizado para minimizar problemas mais urgentes, tais como: o déficit na educação, o tumor na saúde pública, a tsunami de desabrigados com as enchentes, a fome, entre outros.
“Me espanta que tanta gente minta/ (descaradamente) a mesma mentira/ todos iguais, todos iguais/ mas uns mais iguais que os outros.” Como diz os Engenheiros do Hawaii , não será uma simples reforma ortográfica que aproximará os países que falam português, até porque existem “desacordos” que são muito mais complexos do que os “desacordos” ortográficos(religião, forma de governo, interesses externos..).

sábado, 18 de abril de 2009

A "abrasão" institucional na (pseudo)democracia brasileira

"Quem quer ser da pólis, necessita colocar-se a serviço, em prol da pólis", palavras de Aristóteles, ainda bem atuais no contexto político brasileiro. A "abrasão" nas nossas instituições é bem visível, pois nossos governantes, não colocam-se em prol da pólis, mas adequam a mesma em prol das suas necessidades. Exemplos disto: parlamentar que levou dinheiro na cueca, caso Daniel Dantas..E o caso mais recente: a cassação e condenação do governador do Maranhão Jackson Lago. É necessário ressucitarmos o pensamento de Voltaire ("Esmagai o infame!"), caso contrário, o parasitismo continuará e nele só um indivíduo se beneficia. Nós? Saíremos perdendo!
É indubitável que o Brasil está com lama até o pescoço, porque até o público virou privado! Precisamos, pois, pôr com urgência em prática as ídeias de Voltaire, caso contrário, a pátria do verde-amrelo continuará a ser o país do carnaval e das orgias.
A corrupção é um ciclo vicioso, e nós também somos responsáveis. Um ser só parasita o outro, quando seu alvo é mais fraco. Se nossas instituições são fragéis, é porque os governantes por nós eleitos não estão preparados para defenderem nossos interesses, mas os deles. Voto é coisa séria, não apenas uma troca de interesses.
"Nas favelas, no senado/ sujeira pra todo lado/ ninguém respeita a Constitução/ mas todos acreditam no futuro da nação/ que país é este?". Enquanto o governo brasileiro tratar dos interesses da minoria e enquanto o poder(do povo) não limite o poder( dos governantes), nós, "míseros eleitores" estaremos à mercê de medidads que só servem para "boi dormir".

terça-feira, 24 de março de 2009

As "duas águas"

Neste dia 22/03 foi comemorado o Dia da Água, esta que deveria ser sinônimo de abundância e vida plena, mas sabemos que não é isso que ocorre de fato. A ganância do ser humano é tanta que ele não percebe que está destruindo sua própria vida ao desperdiçar água e ao poluir a mesma. Mas até agora para muitos, isso não importa, já que a na selvageria do capitalismo, o dinheiro tudo pode comprar.Mas até quando?
"Por isso, em todo lugar por onde passar a torrente, os seres vivos que a povoam terão vida. Haverá abundância de peixes, pois onde quer que essa água chegue, ela levará vida, de modo que haverá vida vida em todo lugar que a torrente atingir."(Ez 47,9). A água deveria ser direito de todo ser vivo, pois como diz a palavra, ela será sinônimo de vida plena. É necessário que não a percebamos apenas como utilidade fisiológica, mas também como uma criação divina, que tudo fez e tudo pensou para o nosso bem. É ver que Jesus também é fonte de água pura! Homens, é hora de acordar para a real e ver que só é feliz aquele que ama ao próximo como a si mesmo. Afinal, como é possível amar a Deus que você não vê e odiar ao proximo que você vê?
Precisamos pôr um freio no desperdício da água no sentido de líquido e da "água santa", afinal, uma é consequência da outra. Precisamos constantemente sermos alimentados por essas duas águas, que não se tratam apenas de águas úteis, mas indispensavéis para a vida de qualquer ser vivo! Vamos batalhar!

quinta-feira, 5 de março de 2009

O cortiço brasileiro e a guerra dos sexos

Mulher.Eis o ser mais travestido durante toda a história da humanidade.Aportadora dos cromossomos XX já foi(e é vista) como a responsável pela origem do pecado,pelas bruxarias na Idade Média,pelo insucesso familiar...O homem?É o modelo,é o ser superior.É verdadeque muitas conquistas foram alcançadas(principalmente no âmbito jurídico),mas no cortiço brasileiro,a guerra dos sexos só está começando,para que haja a extinção das inúmeras "Bertolezas" e "Ritas Baianas" existentes no Brasil.
A priori,a mulher era vista apenas como incubadeira,não tinha voz nem vez.Prova disto é a Vênus de Wiledorf,escultura do período Neolítico,na qual a mulher é retratada com seios fartos,ancas largas,mebros atrofiados e sem fisionomia nítida.Isso mostra o machismo da sociedade antiga,que ainda hoje persiste mas alegorizado de outras formas.Ainda existem "João Romão"e "Jerônimo" no Brasil,e no mundo,que veem a mulher como um ser que só serve para oferecer trabalhos físicos e sexuais.Porque para estes,o sexo oposto não pensa,somente obedece,não é assediado,mas assedia.
O sexo feminino tem alcançado muitas conquistas;a Lei Maria da Penha é uma delas.Esta vem para assegurar vida digna às inúmeras "Bertolezas" existentes no tão insalubre territorio brasileiro.Mulheres que são vítimas da exploração física,psicológica e social.No cortiço verde-amarelo violência contra a mulhernão deve ser caso de polícia,e sim,de política.
É indubitável que o lema da bandeira brasileira(ordem e progresso) vem atingindo o sexo feminino.O sucesso profissional vem merecendo destaque,afinal a mulher consegue ser racional e sinestésica.No cortiço brasileiro,as "Bertolezas" precisam lutar pelas suas "cartas de alforria"
e as "Ritas Baianas",abdicarem deste papel diabólico.Para isso,nada melhor do que a busca pelo conhecimento,garantindo,além da embalagem(útil),o conteúdo(necessário).
Allana Silva